domingo, 17 de agosto de 2014

Crítica: As Tartarugas Ninja



Eu nasci em 1988, ano em que Peter Quill foi abduzido, e cresci com toda a influência que os anos 80 exerceram no decorrer dos anos 90 no Brasil, e Tartarugas Mutantes Adolescentes Ninja foram boa parte disso, na minha infância eu gostava do desenho, filmes, jogos e tudo sobre eles. Filmes os quais explodiram minha cabeça quando descobri que eram em live action, gostava inclusive do segundo e do terceiro, que são muito ruins, mas o primeiro apesar das roupas de borracha das tartarugas estarem bem datadas ainda é bem legal de se ver, e nesse novo, inclusive, tem algumas cenas que claramente são referências a ele, como a cena da luta no esgoto e a batalha final contra o Destruidor no topo de um edifício. Mas nessa película nova o maior vilão dos quelônios não é o Destruidor, nem o visual delas, que muita gente reclamou, e sim Michael Bay e Megan Fox, por mais gostosa que seja.




Tartarugas Ninja, assim como Transformers, tem tudo pra render algo a nível de Guardiões da Galáxia com a direção correta, um filme divertido com cenas de ação maneiras, uma história simples, divertida e que não se leva a sério, é ai que nosso querido homem bomba, Michael Bay, apesar de ser só o produtor dessa vez, erra como vem errando desde o segundo filme dos Transformers. Querendo levar algo com o título de "Tartarugas Mutantes Adolescentes Ninjas" a sério demais em alguns momentos, acaba se perdendo em coisas idiotas e desnecessárias na trama, ao tentar amarrar tudo, como o Espetacular Homem-Aranha fez, acaba estragando muita coisa, tirar o simples acaso da história pode estragar o significado maior que ela poderia ter. Não quero entrar em detalhes sobre a trama pra não dar spoiler, mas a April (Megan Fox), está ligada diretamente a origem das Tartarugas, algo completamente desnecessário, também fica aquela sensação de que se fosse uma atriz mais competente a personagem teria tido um carisma muito maior, apesar de toda sensualidade, Megan Fox faz April O'neil parecer retardada, o vilão intermediário Eric Sacs (Willian Fichtner), além de render piadinhas entre eu e meus amigos, pois a pronúncia do "Sacs" é muito semelhante a "Sex", e coisas como "Sacs Tower" arrancaram muitas risadas minhas, é um personagem completamente dispensável e com as motivações mais idiotas possíveis.




Por outro lado o que torna o filme legal, são as próprias Tartarugas, a interação entre elas é ótima, e a personalidade de cada uma está ali, o visual está muito bom, particularmente gostei bastante, captura de movimentos, efeitos especiais, tudo muito bom, Rafael é o esquentadinho, Donatelo o inteligente cheio das tecnologias, Michelangelo o engraçaralho e Leonardo o líder que consegue fazer todo mundo trabalhar junto, a cena do elevador é ótima,  mestre Splinter ao melhor estilo Pai Mei, rende o que achei o melhor combate do filme, Destruidor, apesar de um pouco exagerado, mete medo e é tão apelão quanto as sentinelas do futuro do X-Men Dias de Um Futuro Esquecido, as lutas estão ótimas, as cenas de ação também são boas, a parte na neve é bem frenética e rola uma tensão maneira, o 3D tem seus momentos, é o mais legal que vi recentemente, mas também não é nada demais.

Leonardo e Rafael
Donatelo e Michelangelo




O filme servirá pra essa geração nova conhecer os quelônios, pra criançada vai funcionar muito bem, fãs mais xiitas e saudosistas podem odiar, mas Tartarugas Ninja não é aquela coisa ruim que todo mundo esperava, mas está longe de ser o filme super legal que poderia ser, é legalzinho, da pra rir bastante e vale a pena ver. Já anunciaram a continuação, é esperar para que corrijam os erros desse e não levem tão a sério algo que se chama TARTARUGAS ADOLESCENTES MUTANTES E NINJAS, olhem o nome dessa porra, NÃO FAÇAM UM FILME SÉRIO DISSO!!







Trailer


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